sábado, 21 de janeiro de 2012

A RAPOSA E A CORUJA


Por Assis Pacheco
Presidente do Sintracomp/RN e da Central Força Sindical do RN

A raposa e a Coruja se encontraram na floreta, famintas, em busca de alimentos para saciarem as suas fomes. Considerando-se mais frágil, a coruja tratou logo de fazer um acordo com sua, agora, mais nova parceira. Para começar, procurou classificar a raposa de comadre e disse: comadre raposa!? vamos adentrar à floresta, em busca de alimentos, mas, vamos manter um pacto, entre nós, de não agressão. Se por acaso a senhora encontrar os meus filhotes, criaturas lindas, prestativas e úteis, não faça nada. Deixe-os em paz. Pois, em troca, a caça que eu conseguir capturar comerei a metade e a outra metade trarei para lhe dar como cortesia para o cumprimento do nosso trato.
Dessa forma, as duas recém parceiras se embrenharam de mata adentro. Após, longo período, as companheiras de caça retornam ao ponto de partida com a raposa se deparando com a coruja chorando desesperadamente e super revoltada com aquela que ela auto denominou de "comadre".
A raposa, altamente dissimulada, foi logo perguntando: coruja qual o motivo de tantas lágrimas? - a coruja respondeu: comadre raposa, apesar do pacto de não agressão, a senhora atacou e comeu os meus filhotes. A raposa retrucou: ora. coruja; você falou para eu não comer os filhotes bonitos e robustos que encontrasse. Eu encontrei filhotes feios, zoiudos e desengonçados. Não contei conversas, comi todos.
O Brasil, segundo classificação internacional, atingiu a sexta posição no ranking das economias mais fortes no mundo. Contudo, os classificadores do ranking, penso eu, esqueceram de conhecer um pouco mais o Brasil. Muito embora, eu saiba que a classificação se deu pelo tamanho do PIB. Mas, tamanho PIB gigantesco não provoca uma distribuição de renda per capita mais equitativa. A velha batalha do capital X trabalho continua muito mais em razão de alguns pouco maus capitalista que resistem em entender de que a realização e eficácia dos seus projetos passam pela merecida remuneração, satisfação e bem estar dos trabalhadores brasileiros do que por fatores externos. Isso me faz sempre lembrar da historinha que acabei de relatar acima: esses maus capitalistas se fazem de dissimulados para levar vantagens em cima do trabalhador provocando pobreza e distorções no poder aquisitivo dessa classe que possui a força de trabalho que constrói este país.
Por outro lado, chegamos à sexta posição de país mais rico do mundo com sérios problemas para resolver, tais como: bolsões de pobreza disseminados e localizados, concentração de renda extremada, sistema educacional falido e desestruturado, falta de saneamento básico, capacitação profissional deficiente, esgotos à céu aberto, saúde sem investimento satisfatório para atender com eficiência a todos, distorção salarial, mobilidade urbana ruim, segurança pública, criação de novos postos de trabalhos para atender a juventude e recolocar os mais experientes que estão fora do mercado de trabalho...
HÁ MUITO O QUE SER FEITO. VAMOS TRABALHAR.

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